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  • Foto do escritorCamila D'Angelo

O impacto da presença de um animal doméstico na vida das pessoas

Atualizado: 30 de jan. de 2022

As interações sociais entre o homem e o animal vem crescendo ao longo dos tempos, nos proporcionando alguns benefícios. Saiba quais são eles.

 
Uma familia caminhando com seus cães
Familia

photo: Sheri Hooley

 

A ansiedade caracteriza-se em um sentimento de medo e desconforto, no qual o sujeito antecipa a sensação de perigo em relação a algo desconhecido e estranho. Tal antecipação de perigo pode ser às vezes sentida de forma excessiva e não compatível com a real situação vivida. Considera-se patológica quando o medo e a antecipação do perigo ocorrem de maneira exagerada e desproporcional em relação ao estímulo ansiogênico e podem estar relacionadas a uma predisposição neurobiológica herdada. Esse tipo de transtorno também pode estar ligado ao temperamento da pessoa, o ambiente em que ela vive, se é seguro ou não, situação de vida em que se encontra, por exemplo, problemas conjugais ou doença na família, tipo de apego que tem estabelecido com pessoas próximas a ela, ou até mesmo a presença de comorbidade, (Castillo, Recondo, Asbahr e Manfro, 2000).

Uma criança abraçando um filhote de cachorro
Crianã e cachorro

photo: Alicia Jones

 

Nos tempos atuais, a ansiedade é considerada um dos transtornos mais presentes na sociedade, tanto em crianças e adolescentes, quanto em adultos e idosos. Em nosso cenário recente, nos deparamos com uma vida agitada, onde tudo acontece muito rápido e estamos sempre ocupados ou preocupados com o que pode nos ocupar no futuro. Incertezas, doenças, desemprego, mortes, responsabilidades, violência, enfim, todos esses fatores e muitos outros são vivências que podem gerar ansiedades excessivas em algumas pessoas. A ansiedade pode atingir níveis epidêmicos e decorrente disso pode gerar altos custos sociais e individuais (ANDREATINI et al., 2001; BAXTER et al., 2014). Um estudo feito com universitários demonstra que estes podem atingir um nível alto de ansiedade, e teve o objetivo de investigar os efeitos do convívio com animal de estimação em relação a ansiedade dos participantes. Participaram 219 estudantes que responderam um inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) para que pudessem avaliar sua ansiedade. Despois responderam um questionário sobre a posse de animal de estimação, a maioria deles apresentaram estado de ansiedade moderada, mas aqueles que relataram conviver com animais de estimação apresentaram níveis menores de ansiedade (Castillo, Recondo, Asbahr e Manfro, 2000). Esse artigo conclui que os estudantes que possuem animais, principalmente cães, apresentam níveis menores de ansiedade do que aqueles que não possuem a presença de um pet. Aqueles que possuem mais de um cão apresentam ainda níveis menores do que os estudantes que possuem apenas um cão. O artigo foi postado na Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer – Goiânia, v.15 n.28, página 896, ano de 2018.

Cachorro segurando uma rosa com a boca
Cão

photo: Richard Brutyo

 

Segundo Moraes e Mello, a relação que o homem tem com o animal dependerá de alguns valores determinantes da sociedade, tais como, cultura ou religião. Essas relações foram observadas através de relatos históricos presentes em toda a trajetória da espécie humana, essas relações são estreitas e são influenciadas por necessidades da época vivida (Delarissa, 2003). Conforme a convivência entre o homem e o animal foi crescendo e ficando cada vez mais próxima, surgiu também o sentimento de afetividade entre eles. O homem passou a sentir-se mais seguro e mais calmo com a presença do animal, por diversos fatores, sendo alguns deles a possibilidade de companhia constante. O ato de afagar ou manusear com animal transmite tranquilidade e diminui sensações de estresse e de ansiedade. Só a presença do animal também tem grande influência sobre a sensação de solidão nas pessoas. Além disso, ter animais desde a fase da infância possibilidade a aprendizagem de certos comportamentos como cuidado, responsabilidade, comprometimento e compaixão.O animal passa a depender afetivamente e fisiologicamente do homem e são de grande valor para alguns tratamentos. Hoje em dia já existem muitos estudos que sugerem a melhora de pacientes em Terapia Assistida por Animais (TAA), também para a fisioterapia, como é o caso dos equinos.

Cão sendo acariciado por mão feminina
Cão

photo: Simone Dalmeri

 

Segundo Lima, (2006), a interação entre a criança e o animal traz benefícios psicológicos, interação onde a criança pode brincar de forma lúdica com o animal e elas obtém um estabelecimento de relações do tipo primárias, ou seja, determinadas pela intuição e afetividade. Um artigo publicado na revista Pediatrics, em agosto de 2012, sugere que é importante o contato de crianças com animais no primeiro ano de vida, pois seria possível que esse contato pudesse aumentar a ‘’resistência’’ a doenças infeciosas e respiratórias. (Pereira e Tâmega, 2015). Os benefícios entre a socialização e interação do homem com o animal são muitos para ambos, quando essa relação é positiva e feita de forma respeitosa. O homem, quando ensinado a respeitar os animais desde cedo pode proporcionar uma vida plena e feliz para eles, e pode usufruir dos benefícios que já citamos anteriormente. Por esse motivo o mercado de Pets tem aumentado muito. Serviços como cuidador de animais, psicólogo canino, petshop e alguns outros estão crescendo no Brasil e no mundo. Hoje em dia os animais domésticos também precisam de cuidados mais específicos, bem como precisam ser tratados com respeito e dignidade. A psicologia canina e o estudo do comportamento felino também estão crescendo, já que as pessoas estão tendo mais contato com esses animais, e esse contato vem sendo cada vez mais importante.

 
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